sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Série Ajuda


( Trabalho de Fabiano Araruna )


A série "Ajuda" foi previamente pensada como uma obra de arte que questiona a relação da pessoa física com a máquina, as redes sociais virtuais, e comportamentos maquinais.

Trata-se de uma Web art, espécie de intervenção urbana "virtual", nesse espaço do computador e da internet.
Sua apresentação é feita por meio da imagem da tela do computador, congelada, que posteriormente foi impressa e posta à vista do espectador, como em um quadro, na parede.

No caso, o trabalho consistia em entrar em chat´s de empresas diversas, disponíveis nos sites das mesmas, no link ajuda/atendimento online.
Assim, os funcionários destas empresas eram questionados/confrontados sobre a possibilidade daquele chat virar uma obra de arte contemporânea.

Foi constatado, diante de todas as respostas, que, as pessoas nada tinham a falar sobre arte, o que nos faz pensar em como acabam se tornando eles próprios, máquinas, ou seja, o conceito de máquina acaba se confundindo, já que, pessoas que controlam máquinas, são programadas para responder somente à solicitações referentes à empresa. Não sabemos se, a pessoa não tem conhecimento ou opinião sobre arte, ou se somente não pode falar sobre este assunto. Uma máquina controlando outra máquina.

E assim, mesmo quando eles são obrigados a responder como máquinas, eles ainda tentar reagir...criando um conflito interno e pessoal entre ser máquina e ser gente, e o ser máquina acaba vencendo.

A partir daí, podemos refletir sobre os tempos de hoje, em como cada vez mais as pessoas são programadas para dizer determinadas coisas, em como este sistema nos aliena, e não nos permite a crítica, tornando-nos meros fantoches nas mãos das grandes empresas.

É importante analisar que, é devido à informatização, cada vez maior, de tudo, desde serviços, até amizades passando até por namoros virtuais, que as pessoas vem adotando este comportamento maquinal. Esta informatização, se faz necessária, na medida em que, o mundo contemporâneo corre, cada vez mais, descartando produtos, precisa estar se atualizando a cada segundo, acabando por descartar também opiniões que se tornam irrelevantes, na medida em que, é importante ter uma massa de trabalhadores programada que renda mais, do que pessoas com idéias diferenciadas.(que possam aparentemente prejudicar o rendimento da empresa)

A crítica do trabalho procura levantar todas estas questões, sobretudo com um toque de humor, que é característico, diante de uma situação absurda, como a descrita pelo comportamento dos atendentes e ainda nos faz questionar o quão válida é essa aparente "simplificação" das informações, da vida.

domingo, 11 de abril de 2010

O novo alento


...ele veio, chegando assim.............. como quem não queria nada.
teve uma prova...
...e uma certeza...
insistiu...
persistiu
naquilo q insistia em acreditar...
queria realidade
não fantasia

pulou na lagoa
achou a chave
tentou abrir o freezer
suportou extremos
tenta descongelar aquele ser pequenino, latente, q espera aquele momento
aquele sopro de vida..


de repente

trouxe o ar.. a segurança

a tranquilidade q faltava

p mim.


terça-feira, 31 de março de 2009

Wii: Robôs em matrix


Rafinha tem acesso à internet, câmera digital, mp7. Vive conectado...orkut, msn, videogames, tem blog, fotolog, mas não lê jornal e não assiste noticiários.
Ele é o retrato da geração 21, que cresce rodeada por tecnologias, conectadados a todo tempo a todo mundo.
Que essa "Revolução Tecnológica" tem um lado bom, ninguém pode negar. Essa variedade de escolhas, informações, aliadas à mobilidade, facilita a vida de qualquer um. Só que, ao mesmo tempo, dá p notar os furos dessa rede. Esse universo tido como da participação e colaboração é tão digital que não existe, vira uma coisa meio matrix. O que se diz sobre consumidores serem editores de conteúdo, em um primeiro momento soa como um poder, mas num segundo momento, radiografado, observamos que as empresas nos dão a falsa idéia de que as controlamos, para nos manter conectados a elas, absorvendo todo o tipo de conteúdo inútil e nos induzindo a consumir mais.
Na verdade, o que vemos é que essa mobilidade não conecta pessoas, conecta seres alienados. A "Geração C" , representa o conteúdo vazio a que estamos condenados. As pessoas estão cheias de opiniões (não q isso seja ruim, pelo contrário, mas até certo ponto!), fotos, filmes espalhados por essa rede, sendo que são coisas que não tem a mínima relevância. É nada mais que o fruto da semente do consumo, o egoísmo, que faz com que as pessoas só se mostrem por seus interesses específicos. (fica a pergunta: p q expor sua vida toda p qualquer um? ok, entendo q vc quer mostrar o seu mundo, as suas opiniões, mas p q? é p se sentir alguém? alguém virtual? mtt bizarro isso cara...)
Programas como o Second Life e Nintendo Wii, que reproduzem situações reais vão, daqui a um tempo tornar a Geração C ou 21 ou o q quer q vc queira chamar...de Geração Robô!!! Assim, estaremos todos, sem sair de casa, vidrados em telinhas digitalizadas, vivendo mundos irreais, ligados por falsas fantasias, quando deveríamos estar percorrendo estradas de terra pelo mundo, ligados por laços afetivos concretos.
Se p Rafinha a inovação é natural, p mim, parece uma coisa meio surreal...


domingo, 8 de março de 2009

Pressão


Todos veem o homem,

alguns enxergam que ele enfrenta uma tempestade;

Idéias, ideais, pessoas, passado, futuro e presente... desejos, escolhas, conflitos.

Contudo ninguém entende o porquê.