quinta-feira, 27 de novembro de 2008

A chave da lacuna

Então...cansada de sofrer..(ela criava expectativas e se decepcionava sempre...sabia q tinha culpa por agir assim..mas não tinha culpa de ser uma sonhadora)..Lola abriu o peito...arrancou de uma só vez seu coração, q ja batia arritmado..e decidiu congelá-lo... guardou numa caixa, colocou num freezer e trancou. Jogou a chave fora, no fundo de uma lagoa...q era p não correr o risco de se arrepender...e querer seu coração de volta...e desde então...vários já tentaram arrebentar o freezer mas todos morreram congelados..não conseguem suportar extremos...


e ela se perguntava..será q estava pedindo mt??não estava pedindo carruagens, castelos, príncipes e casamentos....só queria o sentimento e a certeza de q era especial p alguém...q aquele alguém estivesse ao seu lado nos momentos em q ela precisasse...ela q antes andava com uma blusa q dizia...por favor.. não me machuque...hj vestia uma armadura de bronze, (porém se sentindo nua)...e quando alguém se aproximava dizia..."não estou sentindo nada, nem medo, nem calor, nem fogo, nem vontade de chorar nem de rir!!! já não sinto amor, nem dor..ja nao sinto nada!!! Socorro, alguém me dê um coração, q esse ja não bate nem apanha"..(ja nao o tenho mais)... por favor!!......

...e então ficava por aí... vagando a esmo..absorta em suas divagações sobre a natureza humana..apática..como se já não existisse para o mundo.

A única coisa q conseguia despertar algo nela era...a arte. Fazia arte pq a felicidade de ter feito uma obra nunca se esgotaria, ao contrário dos sentimentos das pessoas que com o passar do tempo vão se esvaindo até acabar.Queria um amor digno de "Tristão e Isolda", aquele que goza e morre ...junto com os amantes.



sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Casulo, a condição humana

(trabalho de Daniel Lopes)

Casulo, a condição humana, foi apresentado como trabalho final de período, na matéria arte e materialidade.
A proposta do trabalho era utilizar como matéria-prima, a matéria humana, ou seja, uma pessoa, em uma espécie de performance. Inicialmente, a posição do corpo seria voltada para/como a de um Bebê, a posição fetal, que estaria enrolado, como se fosse um casulo.
Assim, abordaria a questão do Real x (na) condição humana; já que isso não é possível na realidade, pois casulos são feitos por animais e não por humanos.
Contudo, no decorrer da execução do mesmo, ficou decidido que a posição da pessoa, não seria mais a fetal, mas sim o corpo esticado, preso a uma árvore, se assemelhando a um casulo de um inseto.
O casulo, na verdade, além de lidar com esse paradoxo de naturezas, metaforicamente, representa questões do psicológico do Homem. Os animais fabricam casulos, nos quais se envolvem durante um tempo para sofrer sua metamorfose, amadurecer, virar um animal pronto para lidar com a natureza selvagem e a poder fazer sua reprodução e conseqüentemente, sua perpetuação.
Isso representaria, em um indivíduo, uma temeridade aliada à imaturidade, ou seja, uma pessoa que tem medo de crescer e se fecha para o mundo, para viver sozinho no seu “espaço individual”, na bolha, em uma mistura de egocentrismo e insegurança.
Ao mesmo tempo poderia significar o contrario, o desejo de “metamorfose” para a fase adulta, para adquirir sua liberdade, viver o mundo adulto. Ainda assim, poderia significar também essa vontade de saída para o mundo, porém contida pelo envoltório do casulo.
Devemos atentar para o fato de que o casulo quer chocar, seja pela questão de irrealidade com uma situação real, seja pela questão metafórica que infere em questionamentos da psique, seja pela performance, que gera uma aflição de ver alguém preso, totalmente lacrado, sem poder sair do lugar, nem se mexer.

domingo, 9 de novembro de 2008

Aos pés dos trilhos..

(Jacek Yerka)


Malas prontas. P onde vou? Sei La..talvez Maracangália, Pasárgada ou mesmo Genóvia. O importante é que seja um lugar bem distante desse mundo louco. Peraí, quem está louco é o mundo ou será que sou eu? Tb não sei. Sei que por mais q eu tente, não ta dando p continuar nesse barco. Eu posso até não estar lá muito bem com os meus pensamentos, meus relacionamentos também não tem sido lá grandes coisas, nada de finais felizes como nos filmetes hollywoodianos, mas Tb acho q não ia gostar de uma vida tão perfeita. Pensa só: as pessoas acordando sempre com um sorriso na cara, já de maquiagem, magérrimas, cabelos lisos, olhos azuis e corpos invejáveis, um emprego maravilhoso, com uma carga de horário pequena e um salário q sustenta uma mansão e um carro do ano. Eu, sinceramente, gosto desse meu jeito meio imperfeito, adoro uma discussão e não ia gostar dessa monotonia, mas se a gente parar p pensar, o real ta tentando imitar o imaginário. È uma vaidade sem limites com as cirurgias plásticas (que quase sempre trasnformam pessoas normais em monstros), dietas ditatoriais que secam a carne e dobram os ossos até quebrarem, a soberba do consumismo que é tão descartável quanto a vida de pessoas que se destacam e pagam com a mesma pela inveja despertada. Ta tudo acontecendo tão rápido que até,e principalmente, os amores estão acabando. Tudo tem um prazo de validade: conhecer a pessoa, beijar na mesma hora, transar na mesma noite e pronto, amanhã novo dia, nova pessoa. E os casamentos então, nem se fala. Parece que Ninguém tem mais tempo para perder conhecendo alguém e aprender a conviver com as diferenças desse alguém. O que elas precisam é correr para serem promovidas, trocar de carro e ao mesmo tempo impedir que o próprio tempo venha corromper sua beleza. E o engraçado é que ninguém percebe que o importante na história é o ser e para isso é necessário ler, ouvir, exercitar o pensamento, mas o ter é que tem regido esses corpos ocos.Se eles soubessem que o ser é que rege o ter, talvez atentariam para o “ser” que existe dentro d cada um. Ou talvez não, (já que hj eu to meio pessimista). E é por isso que eu to saindo fora daqui. Simplesmente pq eu não me sinto parte dessa grande massa padrão que empurra o mundo com a barriga e continuando aqui não sei qual é o meu papel, se é que existe um p cada pessoa. Talvez Platão estivesse certo quando disse que existiu um mundo paralelo perfeito, e que a beleza reconhecida no nosso é somente uma lembrança desse paralelo; mas eles deviam saber q uma lembrança não pode ser reproduzida fielmente. Contudo, insistem em buscar a beleza aqui, encontrada lá, que hj se representa nos filmes. Eu como parei de ver esses filmes, decidi que preciso mesmo ir, talvez ainda haja uma maneira de salvar o mundo, por isso preciso seguir na minha jornada.então vou La. Quer saber? Vou ate esvaziar minhas malas, q é p me desvincular dessas recordações que não me servem p futuro. ah, já ia me esquecendo de avisar .. a data da minha volta.........como não sei o que me espera..não posso dizer quando volto.. Por enquanto a passagem é só de ida.