segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Lembranças de um outro mundo

Viagem: experiências de todo tipo, que foram vividas intensamente, as quais mts vezes provocam uma mudança interna, memórias que serão difundidas pelo mundo, lembradas por quem viveu para sempre.

"choro de despedida, medo de avião, perrengue no atlântico, grande jornada de ida.
casa com 70 meninas d todo o brasil, choro de desespero quando me dei conta de estar na ásia..e não poder voltar p casa d carro, banhos gelados, um milhão de camadas d roupa, 3 graus celsius médio, briga com gaúcha irritante, choro de tristeza ao ver o resultado da ufrj, perdidas no primeiro dia sem saber voltar p casa, broncas, mtss broncas, cariocas subversivas quase expulsas, claustrofobia dentro da caverna, ver um arco-íris maravilhoso, passeio a massada, o lugar mais lindo de todos (uma das montanhas mais altas de israel, onde só há deserto em volta e o mar morto), a SORTE de estar chovendo nesse dia (lá só chove 4 dias no ano!!), mttt frio, mãos, e nariz sangrando, cabelo mais bonito, cantadas no mercado árabe, incorporando o espírito grosso israelense, lola mercadora poliglota, narguila na varanda escondida, museu do holocausto mtt incrível, o ar mais puro q eu respirei na vida,visões de campos homéricos, chão limpo sem lixo, pessoas educadas, ônibus estranho, religiosos malucos, casamento da golda (uma amiga q se mudou p la e casou com um amigo tb), paixão paulista arrebatadora, maratona de ônibus, o muro das lamentações...todo mundo chorando.. e reencontros, provando de tudo (comendo horrores!!ahah valeu gordinha), lanchinhos na madrugada, compras super úteis (tipo, uma meia colorida e uma caneta), soldados maravilhosos, aprendendo a lavar roupa, assistindo a todas as aulas de hebraico (dormindo!!), fotos 2x1,passando shabat (sábado) no bairro árabe (no único condomínio judeu do lugar), super bem recebida, comendo mt, casa só p gente, segredos revelados, crianças lindas, caronas com estranhos, táxi árabe, eu perdida na cidade velha a noite, sozinha, meu aniversário super legal, reveillon mttt louco: boate, paulista bêbado, outro paulista vomitando, argentinos safados, peruano intrometido, absinto e fadas azuis, despachando os meninos e voltando p boate até as 5 da manha, espanhol, hebraico, ingles, portugues, encontros inesperados, shabat na casa do primo da Ká: indo p cidade árabe, cerca elétrica, primos fofos, casa com 14 pessoas sendo q eu era a única q naum era da família, sobremesa maravilhosa e inesquecível, bebê dormindo no meu colo, comendo língua de boi (episódio sinistro)...
rápidos min no comp..por do sol sensacional em Haifa, mar mediterrâneo mtt lindo, castelo dos cruzado em Acco, shopping mtt caro, meu amigo árabe (Gassan o nome dele ahah), disputada por mais 2 paulistas, acordadas pelo rabino, dormindo de olho aberto ( a marcella pensou q eu tinha morrido)hahah, perdidas no bosque, Ká quebrando a loja do árabe sem querer, dançarina da broadway, 1001 noites na Ben Yehuda, geúla, o bairro dos religiosos, mttt falafel, croissant, waffles (sinto o gosto até hj) pizza, wafer..pancadão no quarto ahahha, bebado dando informação certa, tenda dos beduínos, andandno de burro, peguei logo o mais arisco..q medo.ahaha, perdidas no cemitério, debate na cama sobre o brasil e sua situação de 3 mundo, entrando na casa errada (entramos na casa vizinha), cuidando do baby (haim), salto ornamental, neveeeeeeeee!!!!!!! mofando no aeroporto na volta, passando mal no avião, 15 hrs em milão, dormindo no chão, jogando buraco, ouvindo forró, água mais cara do mundo (8 reais), de milão p sp..melhor viagem impossível, voltando com quem eu queria, vendo a hora do rush 2, aeromoço mtt gato, comida boa, em sp: sem despedidas, freeshop, correndo p passar na alfandega,e p pegar o ônibus, 1/2 das cariocas ficaram em sp...perderam o aviao.. (eu consegui pegar!!!), calor infernal, choro de emoçao, chegamos!!!! "

é..essa foi minha jornada de 40 dias em Jerusalém- Israel, super resumida, acho q só eu consigo entender ahhah, mas é isso.são tantas histórias q poderia escrever um livro, e p resumir tudo só assim mesmo...hahah..hj faz exatamente um ano q eu fui..e olha q eu não queria ir no começo...
e hj eu digo q se eu não fosse seria o maior arrependimento da minha vida, pq não tentar ..é pior do q tentar e não ir bem..eu tinha mttt medo de q a viagem fosse horrível, mas arrisquei...ahhaha.. e hj digo com a maior satisfação do mundo q assim q puder...to voltando...talvez até p ficar!!
emoções únicas...boas lembranças.!!!
o q ficou disso tudo? auto-conhecimento, uma mente mais aberta e amizades p toda vida!!!!


(p quem não conhece, esse é o Kotel, o muro das lamentações, o lugar mais sagrado p os judeus, onde outrora fora erguido o templo sagrado, destruído pelos romanos, sendo este a única parte que sobrou, se transformando num símbolo de resistência e esperança... as pessoas vão lá para rezar, agradecer e fazer pedidos impossíveis (ou não) (pessoas de outras religiões tb vao lá p isso!!)..atrás dele, está a Mesquita Muçulmana e ao lado a Igreja Cristã, logo, a cidade de Jerusalém é considerada a mais sagrada do mundo, pois reune os ícones das 3 religiões monoteístas, mas nem por isso deixa de ser alvo de homens-bomba (mtt raro, mas ocorrem lá tb)

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

A chave da lacuna

Então...cansada de sofrer..(ela criava expectativas e se decepcionava sempre...sabia q tinha culpa por agir assim..mas não tinha culpa de ser uma sonhadora)..Lola abriu o peito...arrancou de uma só vez seu coração, q ja batia arritmado..e decidiu congelá-lo... guardou numa caixa, colocou num freezer e trancou. Jogou a chave fora, no fundo de uma lagoa...q era p não correr o risco de se arrepender...e querer seu coração de volta...e desde então...vários já tentaram arrebentar o freezer mas todos morreram congelados..não conseguem suportar extremos...


e ela se perguntava..será q estava pedindo mt??não estava pedindo carruagens, castelos, príncipes e casamentos....só queria o sentimento e a certeza de q era especial p alguém...q aquele alguém estivesse ao seu lado nos momentos em q ela precisasse...ela q antes andava com uma blusa q dizia...por favor.. não me machuque...hj vestia uma armadura de bronze, (porém se sentindo nua)...e quando alguém se aproximava dizia..."não estou sentindo nada, nem medo, nem calor, nem fogo, nem vontade de chorar nem de rir!!! já não sinto amor, nem dor..ja nao sinto nada!!! Socorro, alguém me dê um coração, q esse ja não bate nem apanha"..(ja nao o tenho mais)... por favor!!......

...e então ficava por aí... vagando a esmo..absorta em suas divagações sobre a natureza humana..apática..como se já não existisse para o mundo.

A única coisa q conseguia despertar algo nela era...a arte. Fazia arte pq a felicidade de ter feito uma obra nunca se esgotaria, ao contrário dos sentimentos das pessoas que com o passar do tempo vão se esvaindo até acabar.Queria um amor digno de "Tristão e Isolda", aquele que goza e morre ...junto com os amantes.



sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Casulo, a condição humana

(trabalho de Daniel Lopes)

Casulo, a condição humana, foi apresentado como trabalho final de período, na matéria arte e materialidade.
A proposta do trabalho era utilizar como matéria-prima, a matéria humana, ou seja, uma pessoa, em uma espécie de performance. Inicialmente, a posição do corpo seria voltada para/como a de um Bebê, a posição fetal, que estaria enrolado, como se fosse um casulo.
Assim, abordaria a questão do Real x (na) condição humana; já que isso não é possível na realidade, pois casulos são feitos por animais e não por humanos.
Contudo, no decorrer da execução do mesmo, ficou decidido que a posição da pessoa, não seria mais a fetal, mas sim o corpo esticado, preso a uma árvore, se assemelhando a um casulo de um inseto.
O casulo, na verdade, além de lidar com esse paradoxo de naturezas, metaforicamente, representa questões do psicológico do Homem. Os animais fabricam casulos, nos quais se envolvem durante um tempo para sofrer sua metamorfose, amadurecer, virar um animal pronto para lidar com a natureza selvagem e a poder fazer sua reprodução e conseqüentemente, sua perpetuação.
Isso representaria, em um indivíduo, uma temeridade aliada à imaturidade, ou seja, uma pessoa que tem medo de crescer e se fecha para o mundo, para viver sozinho no seu “espaço individual”, na bolha, em uma mistura de egocentrismo e insegurança.
Ao mesmo tempo poderia significar o contrario, o desejo de “metamorfose” para a fase adulta, para adquirir sua liberdade, viver o mundo adulto. Ainda assim, poderia significar também essa vontade de saída para o mundo, porém contida pelo envoltório do casulo.
Devemos atentar para o fato de que o casulo quer chocar, seja pela questão de irrealidade com uma situação real, seja pela questão metafórica que infere em questionamentos da psique, seja pela performance, que gera uma aflição de ver alguém preso, totalmente lacrado, sem poder sair do lugar, nem se mexer.

domingo, 9 de novembro de 2008

Aos pés dos trilhos..

(Jacek Yerka)


Malas prontas. P onde vou? Sei La..talvez Maracangália, Pasárgada ou mesmo Genóvia. O importante é que seja um lugar bem distante desse mundo louco. Peraí, quem está louco é o mundo ou será que sou eu? Tb não sei. Sei que por mais q eu tente, não ta dando p continuar nesse barco. Eu posso até não estar lá muito bem com os meus pensamentos, meus relacionamentos também não tem sido lá grandes coisas, nada de finais felizes como nos filmetes hollywoodianos, mas Tb acho q não ia gostar de uma vida tão perfeita. Pensa só: as pessoas acordando sempre com um sorriso na cara, já de maquiagem, magérrimas, cabelos lisos, olhos azuis e corpos invejáveis, um emprego maravilhoso, com uma carga de horário pequena e um salário q sustenta uma mansão e um carro do ano. Eu, sinceramente, gosto desse meu jeito meio imperfeito, adoro uma discussão e não ia gostar dessa monotonia, mas se a gente parar p pensar, o real ta tentando imitar o imaginário. È uma vaidade sem limites com as cirurgias plásticas (que quase sempre trasnformam pessoas normais em monstros), dietas ditatoriais que secam a carne e dobram os ossos até quebrarem, a soberba do consumismo que é tão descartável quanto a vida de pessoas que se destacam e pagam com a mesma pela inveja despertada. Ta tudo acontecendo tão rápido que até,e principalmente, os amores estão acabando. Tudo tem um prazo de validade: conhecer a pessoa, beijar na mesma hora, transar na mesma noite e pronto, amanhã novo dia, nova pessoa. E os casamentos então, nem se fala. Parece que Ninguém tem mais tempo para perder conhecendo alguém e aprender a conviver com as diferenças desse alguém. O que elas precisam é correr para serem promovidas, trocar de carro e ao mesmo tempo impedir que o próprio tempo venha corromper sua beleza. E o engraçado é que ninguém percebe que o importante na história é o ser e para isso é necessário ler, ouvir, exercitar o pensamento, mas o ter é que tem regido esses corpos ocos.Se eles soubessem que o ser é que rege o ter, talvez atentariam para o “ser” que existe dentro d cada um. Ou talvez não, (já que hj eu to meio pessimista). E é por isso que eu to saindo fora daqui. Simplesmente pq eu não me sinto parte dessa grande massa padrão que empurra o mundo com a barriga e continuando aqui não sei qual é o meu papel, se é que existe um p cada pessoa. Talvez Platão estivesse certo quando disse que existiu um mundo paralelo perfeito, e que a beleza reconhecida no nosso é somente uma lembrança desse paralelo; mas eles deviam saber q uma lembrança não pode ser reproduzida fielmente. Contudo, insistem em buscar a beleza aqui, encontrada lá, que hj se representa nos filmes. Eu como parei de ver esses filmes, decidi que preciso mesmo ir, talvez ainda haja uma maneira de salvar o mundo, por isso preciso seguir na minha jornada.então vou La. Quer saber? Vou ate esvaziar minhas malas, q é p me desvincular dessas recordações que não me servem p futuro. ah, já ia me esquecendo de avisar .. a data da minha volta.........como não sei o que me espera..não posso dizer quando volto.. Por enquanto a passagem é só de ida.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Entremeios da educação


A educação é um campo de prática social que lida com a ação do homem na realidade, a partir de instrumentos. Essa prática se divide em técnica, que é a intervenção propriamente dita no real, e em teoria, de onde advém a filosofia, que tem como função formar modelos teóricos e conceitos, dos quais as técnicas se originam.
A filosofia trabalha, justamente, se afastando da realidade, com consciência, para entendê-la; Na verdade, desconstrói essa realidade, contrariando, questionando também as explicações da arte, da religião e da ciência, principalmente, que vigora como a verdade absoluta em nosso tempo. Enquanto a ciência trabalha com juízos de fato, a filosofia trabalha com juízos de valor, possibilitando visões mais amplas acerca dos conceitos trabalhados na educação como as referências à beleza, liberdade, vida humana, seus objetivos e aspirações.
Além disso, a filosofia faz o estudo das teorias do real, nas quais surgem as visões realista (dogmático), relativista, e niilista, que se encaixam na prática pedagógica refletidas quase sempre nos métodos e principalmente no comportamento dos professores em sala de aula. Um professor jamais poderá ter uma visão niilista, pois esta parte do princípio de que tudo vale (ou seja, nada vale) que indica uma postura descrente do futuro, não condizendo com o papel do profissional pedagogo, que deve ensinar incentivar e crer no progresso dos alunos.
Já a postura realista, indica uma pessoa mais autoritária, que se acha dono da verdade, construindo dualismos maniqueístas, onde tudo o que for contrário à suas idéias está errado, apresentando métodos rígidos e inflexíveis, que desconsideram o momento de cada aluno, suas aptidões e potenciais individuais, generalizando e padronizando os indivíduos de uma mesma turma. Ainda dentro dessa visão, podemos citar Kant, na medida em que o mesmo discorre sobre o tema da maioridade (e conseqüente esclarecimento individual e coletivo) e minoridade. Pessoas que recebem uma educação rígida, dogmática, quase sempre se portam de maneira menor, ou seja, subordinadas a outra, nesse caso o professor, que não lhes permite (não os permite desenvolver) sua capacidade de pensar sozinhos.
Em contrapartida, o profissional que adotar a postura relativista, será uma pessoa mais flexível, levando em conta as necessidades individuais da turma e possibilitando a maioridade, e conseqüentemente o esclarecimento desses alunos. Ou seja, como disse Hegel, um dos fundadores da filosofia: “A verdade é a “coisa” mais o caminho para chegar nela.” O professor, não pode dar a solução do problema pronta (minoridade), deve mostrar ao aluno como foi resolvido e fazer com que ele faça o mesmo caminho para a resolução.
Se a educação é a transmissão de conhecimento e saber, e se a filosofia produz conhecimento, elas estão interligadas. Segundo John Locke, os conhecimentos são as experiências acumuladas durante a vida, e dessas é que se forma o psiquismo; além da educação, há a ligação com a psicologia também. Logo, questões discutidas pela filosofia, funcionam para a “criação da educação”, e são explicadas também pela psicologia, como é o caso do pudor. Sendo um elemento formador da cultura, cria uma interdição, através do conceito do incesto, que cerceia o comportamento e a educação.
Portanto, com o destino de educar o próximo, usa-se a filosofia para instigar o pensamento crítico e analítico, afim de que todos tenham suas próprias respostas às questões diversas.
A relação da pedagogia com a filosofia é tão íntima que alguns a têm considerando como parte integrante e subordinada da filosofia. Sem a atividade pedagógica, a filosofia não encontraria jamais extensa compreensão e, ainda menos, aplicação à vida; da mesma forma que, por outro lado, sem filosofia a arte da educação nunca chegaria a alcançar completa clareza em si mesma. Cada uma delas seria inútil e incompleta sem a outra.